Segunda-feira de grande
importância na história quase centenária do Cruzeiro. Nesta tarde, o Clube
entrega ao Ministério Público de Minas Gerais o relatório elaborado pela Kroll,
consultoria contratada para realizar uma minuciosa análise de dados e processos
da Raposa, a fim de auxiliar as autoridades nas investigações que estão em
curso desde o ano passado.
O resultado da auditoria, que
reúne centenas de páginas, será levado ao Ministério Público por integrantes do
Núcleo Dirigente Transitório, que administra o Cruzeiro desde o mês de dezembro,
e responsável por contratar a Kroll no início do mês de março. Desde então, especialistas
da empresa se debruçaram em documentos para auditar e descobrir possíveis
irregularidades cometidas no passado.
Por conter informações sigilosas
e cruciais para as investigações que acontecem no MPMG, o Cruzeiro não poderá
divulgar o conteúdo completo neste primeiro momento.
“Esperamos que, com este
documento, o processo possa ter ainda mais elementos para chegar ao final e punir
aqueles que prejudicaram o Cruzeiro. O relatório está sendo entregue para que
possam ser tomadas as providências necessárias”, comentou Saulo Fróes, do Núcleo
Dirigente Transitório.
Superintendente Jurídico do
Cruzeiro, Kris Brettas explicou alguns pontos levantados no documento e espera que
tal feito possa contribuir para que a próxima diretoria, a ser eleita na
próxima quinta-feira, continue com o processo de reconstrução da Raposa.
“O relatório é muito amplo e envolve
diversos aspectos dentro do Clube. O que a gente pode dizer é que muita coisa
poderá não ser considerada como um crime, mas que pode ser trabalhada pelo
futuro presidente. O relatório servirá para que o próximo presidente busque um
ressarcimento daquilo que é considerado como má gestão do Clube. Infelizmente
não podemos divulgar os dados pois envolve sigilo de informações, o que poderia
prejudicar as investigações e o reembolso. O que desejamos neste momento é o
ressarcimento de tudo o que foi indevidamente retirado”, considerou.