Kin Saito, diretora de futebol feminino do Cruzeiro (na foto, primeira à direita), ao lado de personalidades do futebol feminino no FIFA Women's Football Convention 2023
A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023, finalizada no último dia 20, em Sidney, na Austrália, teve a presença do Cruzeiro. Representando a Raposa, Kin Saito, diretora de futebol feminino do clube, esteve envolvida na agenda da FIFA durante a semana final do torneio mais importante do futebol feminino mundial.
Além do “gran finale” da Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia, a FIFA também realizou, entre sexta (18) e sábado (19), a Convenção de Futebol Feminino da entidade. O simpósio foi realizado no Convention Centre, em Sidney, e reuniu as principais lideranças e representantes tanto da FIFA quanto de confederações continentais e nacionais, gestores, treinadores, ex-atletas e demais profissionais do futebol feminino. O evento sediado na Oceania sucede o realizado na França durante a Copa do Mundo de 2019.
Conforme destacado no site oficial da FIFA, a Convenção da entidade celebrou as histórias de sucesso do futebol feminino globalmente, como também proporcionou a conexão entre profissionais de diversas áreas do futebol que tem o mesmo intuito de colaborar para um desenvolvimento cada vez mais forte do futebol feminino em todo o planeta.
Dentre os principais focos da entidade estão o aumento gradativo da participação e formação de atletas, a capacitação de líderes e gestoras femininas, além do aumento do valor comercial do futebol feminino no planeta.
A agenda de conteúdos da Convenção se estabeleceu a partir de cinco pilares:
1 – Desenvolvimento e Crescimento;
2 – Educação e Empoderamento;
3 – Direcionamento e Liderança;
4 – Comunicação e Mercado;
5 – Exibição da Disciplina.
Além dessas temáticas, a Convenção abordou assuntos como a tecnologia no Mundial Feminino, a arbitragem e também as expectativas da FIFA para o futebol feminino na prévia da grande final do torneio.
Kin Saito esteve presente nos dois dias de seminário e comenta a relevância da participação do Cruzeiro em um dos principais fóruns da modalidade a nível global.
“Para além dos propósitos que o Cruzeiro tem de internacionalizar a marca, penso que o grande ponto de participar e estar representado ali no Women's Football Convention é justamente trocar ideias com as mentes brilhantes que estão pensando o futebol feminino e trazer a essência dessas referências para o que a gente está comprometido a desenvolver aqui através do Cruzeiro. Então é sempre um motivo de muito orgulho para a nossa instituição poder fazer parte desses momentos de agenda internacional e não somente levar a palavra e aquilo que está sendo construído aqui no Cruzeiro, mas também estar com ouvidos muito atentos a absorver essas boas ideias”, afirmou.
O SUCESSO DA COPA 2023
A Copa do Mundo de 2023 já é considerada um grande sucesso esportivo e comercial para a FIFA e todos os seus afiliados.
Segundo dados oficiais da entidade, quase 2 milhões de pessoas compareceram aos dez estádios em que foi disputado o Mundial na Austrália e Nova Zelândia. Esse total superou em 30% o índice que a FIFA projetara como meta de público para a Copa.
A ocupação média dos estádios foi superior a 85% e totalizou uma média de mais de 30 mil torcedores por jogo nas 64 partidas disputadas.
Os resultados comerciais e midiáticos da Copa do Mundo também foram satisfatórios. A receita total chegou a 570 milhões de dólares e as audiências em vários países do mundo bateram recordes. Só no streaming oficial da FIFA, a audiência foi 130% maior do que a contabilizada na Copa do Mundo da França há quatro anos.
Kin Saito acompanhou in loco a decisão da Copa do Mundo em Sidney, na qual a Espanha derrotou a Inglaterra pelo placar de 1 a 0 e conquistou seu primeiro título mundial. A gestora analisa a evolução da principal competição do futebol feminino nessas três décadas de existência.
“É sempre legal colocar em perspectiva que a primeira edição de Copa do Mundo masculina aconteceu em 1930, enquanto a feminina aconteceu somente em 1991. Isso significa que esses momentos de desenvolvimento são diferentes, mas é inegável o potencial de crescimento que o futebol feminino tem a nível global. Então quando a gente olha uma final entre Espanha e Inglaterra, com um campeão inédito, ficamos com essa certeza de que todos os esforços que foram feitos – não só pela associação-membro, mas também pelo governo local, pelo fortalecimento das ligas e a forma como se discute os direitos de transmissão, enfim, todo esse entendimento de planejamento – premiaram a conquista de dois projetos que estão se comprometendo”, explicou.
A diretora do Cruzeiro também comenta sobre os desafios do futebol brasileiro para a evolução da modalidade feminina conforme as diretrizes que vêm sendo aplicadas pela entidade máxima do futebol.
“Existem ainda, claro, muitas travas culturais que interferem no tempo e na velocidade que o futebol feminino pode se desenvolver. Quando penso nesse recorte de Brasil, me dá muito essa sensação de que até agora a história da nossa evolução foi feita por pessoas extraordinárias em circunstâncias extraordinárias. Portanto, nosso crescimento precisa ser um compromisso coletivo de realmente sistematizar e planejar de forma estratégica, com mentalidade de curto, médio e longo prazo, porque de fato o futuro do futebol feminino é amplo, sólido e vai depender realmente dos esforços institucionais e de cada pessoa que faz parte desta indústria do futebol”, completou a gestora.
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Por Assessoria de Comunicação
Foto: Acervo pessoal